[ON]
Arredores de Morroc, quadrante 03.
16:14 PM.
Finalmente, voltei pra casa.
Ryan me liberou há ontem. Não sei se foi porque achou que já estava na hora, ou porque ele estava esperando algo acontecer, ou mesmo que ele tenha percebido que eu já estava subindo pelas paredes. Foram 3 semanas, 21 longos dias ao lado dele e de mais ninguém. E o pior, sem poder sair. Odeio ficar tanto tempo sem fazer nada. Perdi todo esse tempo sem treinar... ele deveria me dar força, e não me impedir de tê-la!
Foi um alívio muito grande quando ele chegou pra mim e disse que eu poderia sair na manhã seguinte pra onde quisesse. Acho que eu seria capaz de beijá-lo se ele não fosse quem é. Tanto é que hoje, o sol nem tinha nascido quando saí. Finalmente um intervalo daquela rotina torturante, estudar muito, dormir pouco, sem treinos e com um enjôo horrível ao acordar. Mesmo que fosse pra voltar à noite...
Rumei direto pra Payon. Nem demorou tanto; talvez fosse a minha ansiosidade pra chegar que tenha me distraído do tempo que normalmente se leva naquele emaranhado verde. Quase chorei quando avistei de longe aquela casa toda torta escondida no meio do mato.
Roberuto atendeu a porta com surpresa. Com certeza, pensava que era a Kyrie. Me olhou com uma expressão de susto à moda dele: apenas os olhos passando o que sentia. Acho que nunca abracei ele tão forte em toda a minha vida. E pensar que há 3 semanas atrás, quando Ryan me levou embora, eu não fazia idéia se o veria de novo...
- Está tudo bem? Está machucada? O que aconteceu? – ele me afastou pra poder olhar meus olhos. Apenas sacudi a cabeça.
- Está tudo bem agora... tudo muito bem...
Arredores de Payon, quadrante 03.
[2 dias depois]
08:32 AM.
Dormi o dia todo assim que cheguei. Só deu tempo de namorar um pouco e comer alguma coisa decente. A falta de sono e alimentação de confiança estavam me levando à loucura. Assim que entardeceu, ele me acordou, e só me deixou partir quando prometi voltar no dia seguinte. Ryan só me impôs uma condição: voltar pra lá toda noite, do contrário ele iria pessoalmente me buscar onde quer que eu estivesse. E eu espero não dar motivos pra ele fazer isso tão cedo...
Como era de se esperar, ele me perguntou sobre cada passo que dei do lado de fora. E me questionou sobre Roberuto. Acho que nunca fiquei tão envergonhada em toda a minha vida. O que ele falou me deixou pensando por um longo tempo...
Ontem, saí cedo de novo. Acho que avistei alguém da Milícia perto de Aldebaran, mas acho que foi só impressão mesmo. Muita chuva pros lados da floresta. Porém, não tive tanta sorte assim: Roberuto me esperou com o café da manhã pronto, e assim que entrei na cozinha e senti aquele cheiro de comida vomitei de novo. Ele está preocupado com isso, por mais que eu tente convencê-lo de que está tudo bem.
Passamos o dia conversando. Contei a ele tudo que era possível. Mesmo estando longe, tenho medo de que Ryan absorva meus pensamentos e resolva me punir... dormi mais um pouco. Dessa vez voltei mais tarde, e Ryan não disse absolutamente nada. Estou lentamente voltando a dormir com ele por perto.
Hoje Roberuto e eu vamos sair pra treinar. Não sei bem aonde, mas ele disse que é um lugar muito especial. Mas pra mim, isso não interessa. Só quero poder cravar a adaga em algum monstro de novo, e será ainda melhor se ele estiver por perto...
[OFF]
Hoje não teve RP T_T Já tô ficando seca de vontade. Primeiro a avó do Aka adoece, e depois, duas semanas de 2xp... não que eu esteja reclamando do 2x! xDDD
Pie virou bruxo! /o/ No próximo post boto a Lenna encontrando ele, e panz. E graças ao Dynamo, posso rebaixar Blood+! /o/
Robby tá jogando comigo no pbro. Fazia tanto tempo que a gente não upava junto... felicidade! /o/ Agora meu problema é a carga horária na faculdade. Trabalhos e provas me sufocando... =/
Mon.
domingo, 23 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
[On]
Arredores de Juno, quadrante desconhecido.
23:37 PM.
Já faz alguns dias que estou morando com Ryan Moore. Pra ser mais exata, desde que me afastei da Milícia de vez. Pra mim, isso tudo ainda é muito estranho, saber que Akahai agora é meu inimigo declarado, que todos na Milícia querem no mínimo a minha cabeça em uma bandeja de prata... me pergunto como Piedoroshi está. Pena que tenhamos de ficar inimigos...
Desde que cheguei não saio mais de casa. Ryan passa o dia fazendo toda sorte de coisas. Basicamente, lê livros, limpa a casa e cozinha. Ajudo ele algumas vezes, mesmo não sabendo fazer muita coisa. Não vou nem tentar cozinhar, posso acabar envenenando ele sem querer... ele é um homem muito gentil, e às vezes me pergunto como pode se tornar tão cruel ao agir sob as ordens do Culto. Também penso se já foi casado. Ele me trata como uma filha, carinhoso e atencioso, e é aí que mora o perigo. Não quero me tornar íntima dele, apesar de tudo, mas ao mesmo tempo, ando extremamente carente, não sei nem porque, e ele sempre me trata desse jeito...
Também fala muitas coisas sobre Morroc. Sobre tempos antigos, sobre Impérios... porém, ainda não me falou de nada que realmente me interessasse: a ressurreição. Tampouco sobre os amuletos... se é que vai chegar a falar. Apesar de tudo, Ryan não confia em mim... e eu não o culpo, afinal, se eu traí a Milícia o que garante que eu também não vá trair o Culto? Afinal, gente da minha laia nunca muda mesmo... não passo de uma traidora, mesmo...
Ele também me mostrou os restos mortais da Ana. Contou o que houve com Volt Elétron... e isso me assusta. Deus, se cada erro de um veterano é punido com a morte, imagine o que não fariam comigo? Além disso, acho que até a morte seria melhor do que os castigos de Ryan, pois ele não mata simplesmente, ele aprisiona a alma e a impede de descansar...
Nesses últimos dias não tenho conseguido dormir. Isso é um problema... ele tem a capacidade de ler pensamentos, e a última coisa que quero é ele passeando pela minha mente. É o único lugar em que posso ficar realmente sozinha, protegida de tudo, e ele quer tirar até isso de mim? Nem Ifaro é tão cruel.
Ainda não selei meu pacto com Ifaro. Ele ainda não apareceu para falar comigo, e pra falar a verdade, não sei se quero que ele apareça mesmo. Uma aliança com ele talvez seja um passo perigoso até demais... mas por outro lado talvez seja a minha única chance de sair viva. E mesmo ele não tendo se manifestado, sei que ele está agindo, do contrário Ryan já teria me punido...
E ainda por cima tenho acordado com enjôo. Que droga, o que mais falta me acontecer? Sinceramente, levantar vomitando não é pra mim. De maneira nenhuma posso deixar que Ryan descubra sobre isso. Será que estou doente? Não sei... talvez eu só precise de um pouco de ar fresco. Se ao menos eu pudesse ficar lá fora, treinando...
Arredores de Juno, quadrante desconhecido.
23:37 PM.
Já faz alguns dias que estou morando com Ryan Moore. Pra ser mais exata, desde que me afastei da Milícia de vez. Pra mim, isso tudo ainda é muito estranho, saber que Akahai agora é meu inimigo declarado, que todos na Milícia querem no mínimo a minha cabeça em uma bandeja de prata... me pergunto como Piedoroshi está. Pena que tenhamos de ficar inimigos...
Desde que cheguei não saio mais de casa. Ryan passa o dia fazendo toda sorte de coisas. Basicamente, lê livros, limpa a casa e cozinha. Ajudo ele algumas vezes, mesmo não sabendo fazer muita coisa. Não vou nem tentar cozinhar, posso acabar envenenando ele sem querer... ele é um homem muito gentil, e às vezes me pergunto como pode se tornar tão cruel ao agir sob as ordens do Culto. Também penso se já foi casado. Ele me trata como uma filha, carinhoso e atencioso, e é aí que mora o perigo. Não quero me tornar íntima dele, apesar de tudo, mas ao mesmo tempo, ando extremamente carente, não sei nem porque, e ele sempre me trata desse jeito...
Também fala muitas coisas sobre Morroc. Sobre tempos antigos, sobre Impérios... porém, ainda não me falou de nada que realmente me interessasse: a ressurreição. Tampouco sobre os amuletos... se é que vai chegar a falar. Apesar de tudo, Ryan não confia em mim... e eu não o culpo, afinal, se eu traí a Milícia o que garante que eu também não vá trair o Culto? Afinal, gente da minha laia nunca muda mesmo... não passo de uma traidora, mesmo...
Ele também me mostrou os restos mortais da Ana. Contou o que houve com Volt Elétron... e isso me assusta. Deus, se cada erro de um veterano é punido com a morte, imagine o que não fariam comigo? Além disso, acho que até a morte seria melhor do que os castigos de Ryan, pois ele não mata simplesmente, ele aprisiona a alma e a impede de descansar...
Nesses últimos dias não tenho conseguido dormir. Isso é um problema... ele tem a capacidade de ler pensamentos, e a última coisa que quero é ele passeando pela minha mente. É o único lugar em que posso ficar realmente sozinha, protegida de tudo, e ele quer tirar até isso de mim? Nem Ifaro é tão cruel.
Ainda não selei meu pacto com Ifaro. Ele ainda não apareceu para falar comigo, e pra falar a verdade, não sei se quero que ele apareça mesmo. Uma aliança com ele talvez seja um passo perigoso até demais... mas por outro lado talvez seja a minha única chance de sair viva. E mesmo ele não tendo se manifestado, sei que ele está agindo, do contrário Ryan já teria me punido...
E ainda por cima tenho acordado com enjôo. Que droga, o que mais falta me acontecer? Sinceramente, levantar vomitando não é pra mim. De maneira nenhuma posso deixar que Ryan descubra sobre isso. Será que estou doente? Não sei... talvez eu só precise de um pouco de ar fresco. Se ao menos eu pudesse ficar lá fora, treinando...
segunda-feira, 10 de março de 2008
[ON]
Farol de Faros.
[3 dias antes do ataque à Akahai Shora.]
Hora desconhecida.
Três dias depois de nosso casamento, Roberuto e eu saímos de viagem, da velha cabana em Payon, em direção ao Farol pra resolver um assunto. Era pra estarmos em lua-de-mel , mas parece que só o fato de termos passado 3 dias em perfeita paz e tranqüilidade na cabana já tinha sido uma dádiva. Foi tudo perfeito, vivíamos namorando e dormindo e só levantávamos pra comer alguma coisa rápida ou tomar banho juntos.
E então, antes mesmo de nos considerarmos marido e mulher, já estávamos com o pé na estrada de novo. O mais estranho foi que ele não deu nem um pio sobre tudo aquilo; apenas expliquei o que queria fazer e ele disse que vinha junto. Agradeço muito ao apoio dele. Sinceramente, sem ele não sei o que faria...
Chegamos ao Farol. Estava mais deserto do que o normal; dei um pulo rápido na guilda (Rô teve que ficar do lado de fora, pra não gerar uma nova guerra entre mercenários e arruaceiros) para pegar o salário do mês pelas missões, e Marky me falou por alto que estava tendo uma grande quantidade de assaltos às embarcações, e que eles não estavam dando conta de vigiar o porto.
Pela maneira que ela falou, era uma missão, e com certeza pagaria bem; mas não dei muita importância. A coisa que tinha que fazer era bem mais importante que aquilo, e eu não estava a fim de perder tempo. Sondei mais algumas informações de que precisava, guardei meu dinheiro muito bem guardado e pegamos a estrada novamente.
Já estávamos andando há umas duas horas quando finalmente demos de cara com a casa. Não havia como não reconhecer, já tinha ido ali milhares de vezes, e agradeci por não terem se mudado. O problema é que estava muito diferente do que eu lembrava. Tanto que se não fosse a dica dos arruaceiros, talvez não tivesse reconhecido. Aliás, diferente é pouco: o lugar parecia ter sido arrasado por umas 300 tempestades de areia.
Era uma cabana bem simples: um andar só, pequena, toda de madeira com o teto de palha. A areia tinha tomado conta de boa parte da frente, tapando parte do chão da entrada. As janelas estavam lacradas, e uma tela tentava evitar que a terra invadisse ainda mais.
Roberuto fez questão de deixar bem claro que não gostava dali.
- É, eu sei que é meio horrivelzinho, mas estamos no lugar certo, sim. – disse pra ele. – Não tem como errar. Só não pensei que aquele moleque pudesse deixar isso daqui assim...
Dei um passo à frente e bati. A princípio, nenhuma reação, mas quando ia bater de novo passos soaram do lado de dentro.
- Argh, que é? Marky, se for você de novo atrás daquela adag...
Então a porta se abriu. Na soleira, apareceu um rapaz alto e magricela. Tinha um lado dos cabelos roxos curtos e meio espetados, enquanto o outro era mais comprido e estava preso com um pedaço de pano fino, arrancado de algum lugar. Os olhos castanho-claros dele bateram direto com os meus.
- Olá, Finn. – disse.
- Len... – ele deu um pulinho pra trás e quase caiu no chão. – Lenna! Que surpresa! Eu... não esperava você por aqui tão cedo...
Ele foi recuando, preocupado. Senti Roberuto preparar a guarda para o caso de correr atrás do moleque. Apenas estendi a mão à altura do peito dele.
- O que foi, fedelho? Está assustado em me ver? – fui andando pra cima dele, invadindo a sala da casa. – Será que tem alguma coisa te incomodando?
- Bem... é que... sabe como é, depois que você entrou pra Milícia... não, não me entenda mal, não é que tenha algo errado por aqui, mas... er, ahn...
- Fica frio, Finn. – uma outra voz, mais autoritária, soou de dentro de uma porta. – Ela não está em serviço. Veio atrás de um favor.
Um rapaz magro, com braços fortes, se encostou no batente do outro lado. Usava uma calça do uniforme de arruaceiro, e estava sem camisa. Os cabelos azuis compridos estavam presos por um rabo-de-cavalo meio folgado na nuca. Seus braços eram completamente tomados por cicatrizes e tatuagens. Também havia desenhos, em menos quantidade, estampados no peito. Tragava um cigarro tranqüilamente.
- Mas, senhor...
- Cala a boca, já mandei. Agora, passa pra cozinha e vai separar o jantar, vai!
Finn levantou-se, agoniado, e entrou pela porta o mais rápido que pôde. O homem se desencostou e veio até mim.
- Terphes. – cumprimentei. Ele acenou com a cabeça retribuindo. Em seguida, apontou para Roberuto com o queixo.
- E o mercenário aí? Espero que não cause problemas pra nós.
Roberuto, contra a luz do sol, apertou o olhar em uma menção de atacar, mas entrei na frente dele com o corpo sem tirar os olhos de Terphes.
- Eu nunca lhe trouxe problemas, você sabe disso. E não vou começar agora que preciso de você.
Ele concordou com a cabeça.
- É, tem razão. E falando em trazer...
Desamarrei um saco de pano que trazia preso à cintura e joguei em cima da mesa mais próxima. Ele abriu-o, deu uma examinada minuciosa, e voltou a me olhar.
- Trato é trato. Conheço as regras. – respondi.
- Se conhece... – e assoviou, olhando o conteúdo. – Primeira qualidade. Sinceramente, gatinha, não sei onde você consegue essas coisas...
Senti meu marido fumegar ao ouvir o “gatinha”, mas não disse nada. Não era hora de comprar briga.
- E então, podemos começar? – suspirei.
- Agora mesmo. Finn!
O rapaz entrou apressado, trazendo uma colher suja na mão. Encarou o chefe, perplexo.
- S... Sim, senhor?
- Cancele o almoço por enquanto. Prepare o escritório. E a dosagem terá de ser dobrada, senão não fará efeito. Entendeu?
O garoto acenou afirmativamente e voltou para o cômodo. Alguns minutos depois, veio chamar.
- Tudo pronto, senhor.
- Ótimo. Volte pra cozinha e termine tudo. Vocês – ele se virou pra mim, - venham comigo.
Ele entrou, e Roberuto foi logo atrás. Seguimos por um corredor onde havia uma porta fechada e outra aberta, que dava pra cozinha, até uma escada de pedra. Descemos alguns lances, até chegar em uma sala pequena no subterrâneo da casa. Não havia muita coisa lá, só um banquinho, uma maca com amarras e várias posições de ajustes, uma mesa com apetrechos e um sofá ao canto.
- Então, finalmente resolveu meter a cara. Seu medo de passar em branco é tão grande assim, Lenna? – Terphes me acompanhou até a maca, onde me encostei, e fez um gesto para que Roberuto se sentasse no sofá. Ele nem se mexeu.
- Digamos que precise disso pra me lembrar de quem eu sou de verdade. – resmunguei, séria. – Pra não me perder no meio de tantas mentiras.
- Entendo... – o rapaz soltou um rápido suspiro, olhando de relance pro mercenário, e depois voltando-se pra mim, pegando um pozinho de um frasco. Tirou um pouco com uma colher de medida quase cheia e dissolveu em um copo pequeno de água. – Vai ser lá mesmo? Logo sua primeira?
Acenei com a cabeça. Rô ficava cada vez mais desconfiado. Terphes jogou mais uma colher cheia, mexeu, derramou o líquido em um lenço dobrado e me olhou.
- Bem, então podemos começar.
Em um movimento brusco, ele esfregou o pano no meu nariz, e imediatamente senti meu corpo perdendo as forças. Caí de joelhos no chão, ao mesmo tempo em que a lâmina da katar ia roçando o pescoço dele.
- Não, Rô... – sussurrei, fraca. Tentei agarrá-lo, mas meus braços estavam pesados. – Está tudo bem... é assim mesmo... sedativo...
Ele não se convenceu, porém. Agarrou o arruaceiro e aproximou um pouco mais a katar da pele.
- Explique-se.
- Isso é o procedimento normal, cara. Relaxe, não quero matar sua namoradinha. É só pra fazer com que ela não sofra mais do que deve.
- Ah, é? – seu tom de voz era feroz, porém controlado. – E como posso saber que você não a envenenou? Acho bom dar uma explicação bem convincente...
- Confie nele, Rô. – falei de novo. – Paguei o preço que ele pediu, até a mais. Nesse caso, ele não tem motivos pra me matar.
O mercenário ainda me encarou com olhar de desconfiança. Terphes voltou a falar.
- Escuta só, cara, isso é só um sedativo comum, pra dopar ela. Se eu não fizer isso vai doer bem mais. Pode examinar, se quiser, mas não pegue pra você. – e entregou o vidro aberto na mão de Roberuto, que o cheirou. - Na verdade, apesar de eu ter dado uma dosagem bem potente, ela ainda tá acordada. Se fosse veneno já tinha feito o efeito que tinha que fazer. Agora, será que pode me dar uma mão pra levantar ela? Osso e peito também pesa...
Nunca vi Rô olhar tão irritado pra alguém em toda a minha vida. Mesmo assim, ele se abaixou e ajudou o arruaceiro a me colocar de bruços na maca. Terphes sentou no banquinho e me encarou.
- E então, como se sente?
- Não consigo me mexer direito... – disse.
- Sente alguma coisa? – ele foi apertando o meu braço com os dedos, depois cravando as unhas na pele.
- Perfeitamente. – ele largou meu braço imediatamente. - Acho que seu anestésico não é muito bom...
- Não é bom pra envenenados em geral. – riu-se, virando pra bancada e preparando materiais. – Duvido que uma pessoa normal não se renda só de tragar um tiquinho disso aqui.
Terphes continuou preparando seus instrumentos de trabalho, concentrado. Então se virou, com uma caneta preta na mão.
- Tá, vamo lá... consegue soltar a roupa?
Me ergui com um pouco de dificuldade e fui soltando os fios da frente do casaco. Rô me carregou pelos ombros, pra que não tivesse que levantar da maca nem fazer esforço, e quando terminei tratou de puxar pra baixo o casaco vermelho, deixando uma parte da minha costa à mostra.
- Beleza. – o arruaceiro se aproximou de novo, concentrado. Destampou a caneta. Deitei de novo na maca, com o rosto virado pro outro lado. – Vou marcar tudo aqui. Quando terminar, vamos meter bala. Pronta?
- Ande logo com isso. – resmunguei.
Ele afastou meus cabelos e começou a esfregar a ponta da caneta na minha costa, desenhando cuidadosamente o que eu tinha pedido pra ele fazer. Roberuto se encostou na parede, olhando atento pra mim. Seu humor ainda estava intragável. Eu apenas fechei os olhos, tentando ficar quieta.
- Santa ironia... – murmurou Terphes depois de algum tempo. – Deve gostar muito de trabalhar pra Milícia, Lenna. Tatuar logo isso nas costas...
- Todo mundo precisa de um guia, Terphes. – respondi, sem paciência. – Alguma coisa que os faça lembrar de seu rumo. Eu só quero algo pra olhar e dizer “eu sei muito bem quem eu sou, e o que quero aqui”. Algo pra me lembrar das coisas que não devo nunca esquecer.
- Sei, sei... – ele parou alguns segundos, puxando o fumo. Apoiou o cigarro no cinzeiro, então voltou a desenhar, olhando um esquema em sua mesa. De repente, parou. – E isso aqui embaixo, o que é? Tuoj... Tourju... Turj...
- Toujours, criatura. É uma língua do norte. Francês. Dizem que se chama assim porque quem criou foi um homem chamado Henry France.
- E você sabe falar isso? Achei que só soubesse roubar e matar...
- Acha que nasci roubando e matando, idiota? – falei num tom de voz bem irritado. – Já tive passado uma vez. Ah, e não vá escrever errado. Ai de você se me errar.
- Ah, não se preocupe, pelo seu preço não vou cometer nem um errinho sequer. – ele sorriu, debochado, finalmente tirando a caneta da minha pele. Puxou mais uma vez o cigarro e deu uma olhada em seu trabalho. – Bem, a primeira parte já terminei. Devo continuar ou vai querer namorar no intervalo? Posso ir jantar enquanto vocês matam a saudade, dão uma rapidinha...
- Mais uma gracinha dessas e não vai jantar nunca mais, Terphes. – sussurrei. – Sabe como é, acho que lá em Nifflhein não tem comida...
Ele suspirou, apagando o toco de cigarro na mesa. Então, pegou um instrumento e ligou. Imediatamente um zumbido meio baixo encheu a sala.
- Vou começar. O problema é que seu corpo é muito resistente, acho que você não cai nem pra tranqüilizante de Bafomé. Por causa disso a anestesia também não faz efeito, então você vai ter que agüentar. E eu acho bom não ouvir choramingo por aqui.
- Pare de drama e acabe logo de uma vez.
- Ah, relaxa, vai ser rápido, sim. É pequena, não deve demorar nadinha. Depois é só contornar tudo e fazer o acabamento e a higienização. Agora...
O barulho foi se aproximando cada vez mais dos meus ouvidos. Fechei os olhos. Uma dor estranha, nem forte nem fraca, me atingiu. Mesmo assim, era agoniante.
- Isso dói... – reclamei.
- Cale a boca. – Terphes apenas continuou talhando.
Senti o bisturi ir cortando minha pele aos poucos, subindo e descendo, tracejando cada pontinho detalhadamente. Tive vontade de reclamar, mas prometi a mim mesma que não ia fazer isso. Roberuto me olhava atento da parede, os braços cruzados, com a mesma expressão séria de sempre, mas senti que ele estava um pouco preocupado. Dei um sorriso forçado a ele, e suas pupilas se apertaram um pouco.
- Relaxe, querido. Agüentei você me batendo, também agüento um nadinha desses.
Ouviu uma risadinha vinda do tatuador. Depois de um tempo que pra mim pareceram horas, com aquela mini navalha entrando e saindo das minhas costas, o ruído cessou. Aliviada, fiz menção de levantar, mas uma mão me deteve.
- Fique. Ainda tenho que higienizar. Vou fechar pra não sair a tinta e evitar que te dê alguma infecção maluca.
Ele voltou a mexer na mesinha. Começou a esfregar um pedaço de algodão umedecido no local, que estava extra sensível.
- O que está passando nela? – perguntou Roberuto imediatamente. Terphes não se deu nem ao trabalho de levantar o rosto.
- É só uma poção vermelha diluída. Vai fazer com que cicatrize e fique limpo.
- Porque não pode ser uma poção pura? – ele foi se aproximando.
- Porque a poção pura iria fechar a pele, e não é isso que queremos. Se fechar, a tinta é absorvida por completo e todo esse tempo que passei aqui trabalhando vai pelo ralo. – o algodão foi descendo, esfregando uma área seca.
Roberuto parou do meu lado e observou o trabalho. O arruaceiro parou minutos depois, esfregando uma toalha seca em toda a costa e levantando.
- Vou acender um cigarro lá fora. – apontou, já tirando o cigarro de trás da orelha. – Descanse. Depois eu desço pra pregar o curativo. Não demorem muito aí.
E saiu.
- E então, gostou? – sorri pra Roberuto, enquanto os passos na escada iam se afastando. – Ficou boa?
- Eu só espero que você tome banho vestida enquanto estiver com aqueles cultistas lunáticos. Se algum deles vir isso em você...
- Mesmo que me façam tirar a roupa, o cabelo esconde. Ninguém vai saber que essa tatuagem existe. – bocejei. – Só eu tenho direito de vê-la. E vai ser bom tê-la comigo. Vai ser nosso segredo.
Ele passou a mão na minha cabeça e me deu um beijo na orelha. Então, sentou na beirada da maca, fazendo cafuné.
- Tome cuidado lá, Lenna...
Dormi.
[OFF]
Ando lotada de trabalho na faculdade x_x Sinto falta do tempo em que eu deixava tudo pra cima da hora e me safava tranquilamente... chegou minha primeira nota: 2,25 na prova 1-1 do Moscoso (Eletrônica). A sorte é que na 1-2 já tenho 6,5 garantido por ter feito o exercício. Agora falta ver o resto... parece que tem uma lista de exercícios pra entregar amanhã de Cálculo, e eu não sei nem por onde começar. Espero que eu consiga matar isso amanhã com a Lene! xD
Vou tomar um danone e continuar Rpeando com o Aka no Msn. Isso tá ficando cada vez mais divertido /o/
Boa noite a todos (?) o/
Mon. :3
Farol de Faros.
[3 dias antes do ataque à Akahai Shora.]
Hora desconhecida.
Três dias depois de nosso casamento, Roberuto e eu saímos de viagem, da velha cabana em Payon, em direção ao Farol pra resolver um assunto. Era pra estarmos em lua-de-mel , mas parece que só o fato de termos passado 3 dias em perfeita paz e tranqüilidade na cabana já tinha sido uma dádiva. Foi tudo perfeito, vivíamos namorando e dormindo e só levantávamos pra comer alguma coisa rápida ou tomar banho juntos.
E então, antes mesmo de nos considerarmos marido e mulher, já estávamos com o pé na estrada de novo. O mais estranho foi que ele não deu nem um pio sobre tudo aquilo; apenas expliquei o que queria fazer e ele disse que vinha junto. Agradeço muito ao apoio dele. Sinceramente, sem ele não sei o que faria...
Chegamos ao Farol. Estava mais deserto do que o normal; dei um pulo rápido na guilda (Rô teve que ficar do lado de fora, pra não gerar uma nova guerra entre mercenários e arruaceiros) para pegar o salário do mês pelas missões, e Marky me falou por alto que estava tendo uma grande quantidade de assaltos às embarcações, e que eles não estavam dando conta de vigiar o porto.
Pela maneira que ela falou, era uma missão, e com certeza pagaria bem; mas não dei muita importância. A coisa que tinha que fazer era bem mais importante que aquilo, e eu não estava a fim de perder tempo. Sondei mais algumas informações de que precisava, guardei meu dinheiro muito bem guardado e pegamos a estrada novamente.
Já estávamos andando há umas duas horas quando finalmente demos de cara com a casa. Não havia como não reconhecer, já tinha ido ali milhares de vezes, e agradeci por não terem se mudado. O problema é que estava muito diferente do que eu lembrava. Tanto que se não fosse a dica dos arruaceiros, talvez não tivesse reconhecido. Aliás, diferente é pouco: o lugar parecia ter sido arrasado por umas 300 tempestades de areia.
Era uma cabana bem simples: um andar só, pequena, toda de madeira com o teto de palha. A areia tinha tomado conta de boa parte da frente, tapando parte do chão da entrada. As janelas estavam lacradas, e uma tela tentava evitar que a terra invadisse ainda mais.
Roberuto fez questão de deixar bem claro que não gostava dali.
- É, eu sei que é meio horrivelzinho, mas estamos no lugar certo, sim. – disse pra ele. – Não tem como errar. Só não pensei que aquele moleque pudesse deixar isso daqui assim...
Dei um passo à frente e bati. A princípio, nenhuma reação, mas quando ia bater de novo passos soaram do lado de dentro.
- Argh, que é? Marky, se for você de novo atrás daquela adag...
Então a porta se abriu. Na soleira, apareceu um rapaz alto e magricela. Tinha um lado dos cabelos roxos curtos e meio espetados, enquanto o outro era mais comprido e estava preso com um pedaço de pano fino, arrancado de algum lugar. Os olhos castanho-claros dele bateram direto com os meus.
- Olá, Finn. – disse.
- Len... – ele deu um pulinho pra trás e quase caiu no chão. – Lenna! Que surpresa! Eu... não esperava você por aqui tão cedo...
Ele foi recuando, preocupado. Senti Roberuto preparar a guarda para o caso de correr atrás do moleque. Apenas estendi a mão à altura do peito dele.
- O que foi, fedelho? Está assustado em me ver? – fui andando pra cima dele, invadindo a sala da casa. – Será que tem alguma coisa te incomodando?
- Bem... é que... sabe como é, depois que você entrou pra Milícia... não, não me entenda mal, não é que tenha algo errado por aqui, mas... er, ahn...
- Fica frio, Finn. – uma outra voz, mais autoritária, soou de dentro de uma porta. – Ela não está em serviço. Veio atrás de um favor.
Um rapaz magro, com braços fortes, se encostou no batente do outro lado. Usava uma calça do uniforme de arruaceiro, e estava sem camisa. Os cabelos azuis compridos estavam presos por um rabo-de-cavalo meio folgado na nuca. Seus braços eram completamente tomados por cicatrizes e tatuagens. Também havia desenhos, em menos quantidade, estampados no peito. Tragava um cigarro tranqüilamente.
- Mas, senhor...
- Cala a boca, já mandei. Agora, passa pra cozinha e vai separar o jantar, vai!
Finn levantou-se, agoniado, e entrou pela porta o mais rápido que pôde. O homem se desencostou e veio até mim.
- Terphes. – cumprimentei. Ele acenou com a cabeça retribuindo. Em seguida, apontou para Roberuto com o queixo.
- E o mercenário aí? Espero que não cause problemas pra nós.
Roberuto, contra a luz do sol, apertou o olhar em uma menção de atacar, mas entrei na frente dele com o corpo sem tirar os olhos de Terphes.
- Eu nunca lhe trouxe problemas, você sabe disso. E não vou começar agora que preciso de você.
Ele concordou com a cabeça.
- É, tem razão. E falando em trazer...
Desamarrei um saco de pano que trazia preso à cintura e joguei em cima da mesa mais próxima. Ele abriu-o, deu uma examinada minuciosa, e voltou a me olhar.
- Trato é trato. Conheço as regras. – respondi.
- Se conhece... – e assoviou, olhando o conteúdo. – Primeira qualidade. Sinceramente, gatinha, não sei onde você consegue essas coisas...
Senti meu marido fumegar ao ouvir o “gatinha”, mas não disse nada. Não era hora de comprar briga.
- E então, podemos começar? – suspirei.
- Agora mesmo. Finn!
O rapaz entrou apressado, trazendo uma colher suja na mão. Encarou o chefe, perplexo.
- S... Sim, senhor?
- Cancele o almoço por enquanto. Prepare o escritório. E a dosagem terá de ser dobrada, senão não fará efeito. Entendeu?
O garoto acenou afirmativamente e voltou para o cômodo. Alguns minutos depois, veio chamar.
- Tudo pronto, senhor.
- Ótimo. Volte pra cozinha e termine tudo. Vocês – ele se virou pra mim, - venham comigo.
Ele entrou, e Roberuto foi logo atrás. Seguimos por um corredor onde havia uma porta fechada e outra aberta, que dava pra cozinha, até uma escada de pedra. Descemos alguns lances, até chegar em uma sala pequena no subterrâneo da casa. Não havia muita coisa lá, só um banquinho, uma maca com amarras e várias posições de ajustes, uma mesa com apetrechos e um sofá ao canto.
- Então, finalmente resolveu meter a cara. Seu medo de passar em branco é tão grande assim, Lenna? – Terphes me acompanhou até a maca, onde me encostei, e fez um gesto para que Roberuto se sentasse no sofá. Ele nem se mexeu.
- Digamos que precise disso pra me lembrar de quem eu sou de verdade. – resmunguei, séria. – Pra não me perder no meio de tantas mentiras.
- Entendo... – o rapaz soltou um rápido suspiro, olhando de relance pro mercenário, e depois voltando-se pra mim, pegando um pozinho de um frasco. Tirou um pouco com uma colher de medida quase cheia e dissolveu em um copo pequeno de água. – Vai ser lá mesmo? Logo sua primeira?
Acenei com a cabeça. Rô ficava cada vez mais desconfiado. Terphes jogou mais uma colher cheia, mexeu, derramou o líquido em um lenço dobrado e me olhou.
- Bem, então podemos começar.
Em um movimento brusco, ele esfregou o pano no meu nariz, e imediatamente senti meu corpo perdendo as forças. Caí de joelhos no chão, ao mesmo tempo em que a lâmina da katar ia roçando o pescoço dele.
- Não, Rô... – sussurrei, fraca. Tentei agarrá-lo, mas meus braços estavam pesados. – Está tudo bem... é assim mesmo... sedativo...
Ele não se convenceu, porém. Agarrou o arruaceiro e aproximou um pouco mais a katar da pele.
- Explique-se.
- Isso é o procedimento normal, cara. Relaxe, não quero matar sua namoradinha. É só pra fazer com que ela não sofra mais do que deve.
- Ah, é? – seu tom de voz era feroz, porém controlado. – E como posso saber que você não a envenenou? Acho bom dar uma explicação bem convincente...
- Confie nele, Rô. – falei de novo. – Paguei o preço que ele pediu, até a mais. Nesse caso, ele não tem motivos pra me matar.
O mercenário ainda me encarou com olhar de desconfiança. Terphes voltou a falar.
- Escuta só, cara, isso é só um sedativo comum, pra dopar ela. Se eu não fizer isso vai doer bem mais. Pode examinar, se quiser, mas não pegue pra você. – e entregou o vidro aberto na mão de Roberuto, que o cheirou. - Na verdade, apesar de eu ter dado uma dosagem bem potente, ela ainda tá acordada. Se fosse veneno já tinha feito o efeito que tinha que fazer. Agora, será que pode me dar uma mão pra levantar ela? Osso e peito também pesa...
Nunca vi Rô olhar tão irritado pra alguém em toda a minha vida. Mesmo assim, ele se abaixou e ajudou o arruaceiro a me colocar de bruços na maca. Terphes sentou no banquinho e me encarou.
- E então, como se sente?
- Não consigo me mexer direito... – disse.
- Sente alguma coisa? – ele foi apertando o meu braço com os dedos, depois cravando as unhas na pele.
- Perfeitamente. – ele largou meu braço imediatamente. - Acho que seu anestésico não é muito bom...
- Não é bom pra envenenados em geral. – riu-se, virando pra bancada e preparando materiais. – Duvido que uma pessoa normal não se renda só de tragar um tiquinho disso aqui.
Terphes continuou preparando seus instrumentos de trabalho, concentrado. Então se virou, com uma caneta preta na mão.
- Tá, vamo lá... consegue soltar a roupa?
Me ergui com um pouco de dificuldade e fui soltando os fios da frente do casaco. Rô me carregou pelos ombros, pra que não tivesse que levantar da maca nem fazer esforço, e quando terminei tratou de puxar pra baixo o casaco vermelho, deixando uma parte da minha costa à mostra.
- Beleza. – o arruaceiro se aproximou de novo, concentrado. Destampou a caneta. Deitei de novo na maca, com o rosto virado pro outro lado. – Vou marcar tudo aqui. Quando terminar, vamos meter bala. Pronta?
- Ande logo com isso. – resmunguei.
Ele afastou meus cabelos e começou a esfregar a ponta da caneta na minha costa, desenhando cuidadosamente o que eu tinha pedido pra ele fazer. Roberuto se encostou na parede, olhando atento pra mim. Seu humor ainda estava intragável. Eu apenas fechei os olhos, tentando ficar quieta.
- Santa ironia... – murmurou Terphes depois de algum tempo. – Deve gostar muito de trabalhar pra Milícia, Lenna. Tatuar logo isso nas costas...
- Todo mundo precisa de um guia, Terphes. – respondi, sem paciência. – Alguma coisa que os faça lembrar de seu rumo. Eu só quero algo pra olhar e dizer “eu sei muito bem quem eu sou, e o que quero aqui”. Algo pra me lembrar das coisas que não devo nunca esquecer.
- Sei, sei... – ele parou alguns segundos, puxando o fumo. Apoiou o cigarro no cinzeiro, então voltou a desenhar, olhando um esquema em sua mesa. De repente, parou. – E isso aqui embaixo, o que é? Tuoj... Tourju... Turj...
- Toujours, criatura. É uma língua do norte. Francês. Dizem que se chama assim porque quem criou foi um homem chamado Henry France.
- E você sabe falar isso? Achei que só soubesse roubar e matar...
- Acha que nasci roubando e matando, idiota? – falei num tom de voz bem irritado. – Já tive passado uma vez. Ah, e não vá escrever errado. Ai de você se me errar.
- Ah, não se preocupe, pelo seu preço não vou cometer nem um errinho sequer. – ele sorriu, debochado, finalmente tirando a caneta da minha pele. Puxou mais uma vez o cigarro e deu uma olhada em seu trabalho. – Bem, a primeira parte já terminei. Devo continuar ou vai querer namorar no intervalo? Posso ir jantar enquanto vocês matam a saudade, dão uma rapidinha...
- Mais uma gracinha dessas e não vai jantar nunca mais, Terphes. – sussurrei. – Sabe como é, acho que lá em Nifflhein não tem comida...
Ele suspirou, apagando o toco de cigarro na mesa. Então, pegou um instrumento e ligou. Imediatamente um zumbido meio baixo encheu a sala.
- Vou começar. O problema é que seu corpo é muito resistente, acho que você não cai nem pra tranqüilizante de Bafomé. Por causa disso a anestesia também não faz efeito, então você vai ter que agüentar. E eu acho bom não ouvir choramingo por aqui.
- Pare de drama e acabe logo de uma vez.
- Ah, relaxa, vai ser rápido, sim. É pequena, não deve demorar nadinha. Depois é só contornar tudo e fazer o acabamento e a higienização. Agora...
O barulho foi se aproximando cada vez mais dos meus ouvidos. Fechei os olhos. Uma dor estranha, nem forte nem fraca, me atingiu. Mesmo assim, era agoniante.
- Isso dói... – reclamei.
- Cale a boca. – Terphes apenas continuou talhando.
Senti o bisturi ir cortando minha pele aos poucos, subindo e descendo, tracejando cada pontinho detalhadamente. Tive vontade de reclamar, mas prometi a mim mesma que não ia fazer isso. Roberuto me olhava atento da parede, os braços cruzados, com a mesma expressão séria de sempre, mas senti que ele estava um pouco preocupado. Dei um sorriso forçado a ele, e suas pupilas se apertaram um pouco.
- Relaxe, querido. Agüentei você me batendo, também agüento um nadinha desses.
Ouviu uma risadinha vinda do tatuador. Depois de um tempo que pra mim pareceram horas, com aquela mini navalha entrando e saindo das minhas costas, o ruído cessou. Aliviada, fiz menção de levantar, mas uma mão me deteve.
- Fique. Ainda tenho que higienizar. Vou fechar pra não sair a tinta e evitar que te dê alguma infecção maluca.
Ele voltou a mexer na mesinha. Começou a esfregar um pedaço de algodão umedecido no local, que estava extra sensível.
- O que está passando nela? – perguntou Roberuto imediatamente. Terphes não se deu nem ao trabalho de levantar o rosto.
- É só uma poção vermelha diluída. Vai fazer com que cicatrize e fique limpo.
- Porque não pode ser uma poção pura? – ele foi se aproximando.
- Porque a poção pura iria fechar a pele, e não é isso que queremos. Se fechar, a tinta é absorvida por completo e todo esse tempo que passei aqui trabalhando vai pelo ralo. – o algodão foi descendo, esfregando uma área seca.
Roberuto parou do meu lado e observou o trabalho. O arruaceiro parou minutos depois, esfregando uma toalha seca em toda a costa e levantando.
- Vou acender um cigarro lá fora. – apontou, já tirando o cigarro de trás da orelha. – Descanse. Depois eu desço pra pregar o curativo. Não demorem muito aí.
E saiu.
- E então, gostou? – sorri pra Roberuto, enquanto os passos na escada iam se afastando. – Ficou boa?
- Eu só espero que você tome banho vestida enquanto estiver com aqueles cultistas lunáticos. Se algum deles vir isso em você...
- Mesmo que me façam tirar a roupa, o cabelo esconde. Ninguém vai saber que essa tatuagem existe. – bocejei. – Só eu tenho direito de vê-la. E vai ser bom tê-la comigo. Vai ser nosso segredo.
Ele passou a mão na minha cabeça e me deu um beijo na orelha. Então, sentou na beirada da maca, fazendo cafuné.
- Tome cuidado lá, Lenna...
Dormi.
[OFF]
Ando lotada de trabalho na faculdade x_x Sinto falta do tempo em que eu deixava tudo pra cima da hora e me safava tranquilamente... chegou minha primeira nota: 2,25 na prova 1-1 do Moscoso (Eletrônica). A sorte é que na 1-2 já tenho 6,5 garantido por ter feito o exercício. Agora falta ver o resto... parece que tem uma lista de exercícios pra entregar amanhã de Cálculo, e eu não sei nem por onde começar. Espero que eu consiga matar isso amanhã com a Lene! xD
Vou tomar um danone e continuar Rpeando com o Aka no Msn. Isso tá ficando cada vez mais divertido /o/
Boa noite a todos (?) o/
Mon. :3
quarta-feira, 5 de março de 2008
[ON]
Arredores de Morroc, quadrante 03.
[13 dias antes do ataque a Akahai Shora.]
03:56 AM.
Eu lembro que nessa noite chovia bastante. Os relâmpagos não davam trégua, e uma das árvores foi atingida e caiu pegando fogo perto daqui de casa. Não sei como as chamas não se alastraram, já que tudo por aqui é mato. Acho que foi por causa da própria chuva.
Minhas costas doíam, aliás, meu corpo todo doía, por mais que Roberuto tivesse me tratado melhor que qualquer enfermeira profissional a semana toda. Mesmo assim, ainda tivemos a audácia de fazer amor por quase a madrugada toda. Já era quase 4 da manhã quando nos soltamos. Queria me deitar; a única coisa que queria naquela hora era fechar os olhos e só abri-los em uma semana, mas quando fiz menção de me estirar na cama, ele me segurou.
- Fica aqui... – sussurrou. Estava sentada sobre o colo dele, de costas. Ele enrolou os braços em minha cintura e deitou a cabeça em meu ombro.
- Quero dormir... – chiei, mas não deu pra disfarçar que estava feliz. Na verdade, quando ele me abraçou não quis saber de mais nada. – Não está cansado?
- Estou, mas quero falar com você antes. – suspirou ele, trançando as mãos nas minhas. Fiz menção de me virar, mas ele não permitiu. – Não, fica assim... não sei quando vamos poder fazer isso de novo...
Suspirei também, jogando a cabeça pra trás. Senti o pescoço dele encostar na minha nuca.
- Eu sei que não vai haver jeito de te impedir, não depois desse treinamento todo. – começou ele – Sabe, você teve uma tremenda força de vontade esses dias... mesmo assim, quero te pedir só mais uma vez: não vá.
Tive um calafrio horrível nessa hora. Ele percebeu (não tinha como, estávamos mais colados que sola de sapato), mas fingiu que não aconteceu nada.
- Você sabe mais do que qualquer um de nós que essa missão é extremamente perigosa, e a idéia de você correndo perigo não me agrada. Não me agrada mesmo. Estará sob risco constante lá, não só por parte da Milícia, mas do Culto também...
- Roberuto...
- Não, Lenna, ouça. Se está fazendo tudo isso por sua irmã, nós podemos trazê-la pra cá, aqui é um lugar seguro... eu e Robby vamos protegê-la pra você... não só ela, como qualquer um que você queira... é só pedir... é só dizer que não vai mais fazer isso...
Abracei-o da melhor maneira possível. Queria tanto olhar nos olhos dele na hora em que disse isso tudo...
- Você sabe que eu não sou muito bom com palavras e sentimentos, mas eu preciso deixar isso claro pra você. Eu não quero que você vá, tenho medo de que aconteça alguma coisa a você... – ele aproximou os lábios bem perto do meu ouvido, como se temesse que eu não ouvisse. – Lenna, eu te amo.
Demorei um tempo para responder, mesmo estando louca pra responder. Era a coisa que eu sempre quis ouvir.
- Também te amo...
Fomos deitando novamente.
09:37 AM
Quando acordei de novo, vi que ele ainda estava lá, olhos abertos e fixos em mim. Parecia ter ficado acordado o tempo todo, como se eu pudesse desaparecer em um simples piscar de olho.
- Bom dia. – sussurrou, levando a mão no meu cabelo de novo. Estava começando a me acostumar com isso. Por estar cansada, apenas acenei com a cabeça e bocejei.
- Tô com fome... prepara alguma coisa pra mim? – pedi.
Ele sorriu e me deu um beijo. Levantou da cama meio eficiente, quando me deu uma idéia esplêndida.
- Rô? – chamei, agarrando um travesseiro. Não consegui conter o sorriso maroto. Ele se virou. – Casa comigo?
A princípio, ele só me encarou, meio atordoado, pensando se tinha ouvido direito. Então, perguntou.
- O que disse?
- Perguntei se você quer casar comigo.
- Lenna, você sabe que eu não sou muito de ir à Igreja...
- Não tem problema. – fui levantando; ele também foi se aproximando. – Só precisamos do noivo, da noiva e de uma sacerdotisa... e sei exatamente a quem chamar... sabe como é, se posso acabar não voltando dessa aventura, acho melhor fazer agora as coisas que sempre quis fazer...
Roberuto sorriu e me abraçou.
- Caso. Eu caso com você, sim.
[OFF]
Pois é, mais um profile... eu achei esse particularmente fofo! /o/ Ainda falta escrever a cena do casamento propriamente dito, mas eu tô com um pepino de um trabalho de eletrônica pra resolver x_X'
Meus professores tão atolando a gente de trabalho!Tô até ficando nervosa... a sorte é que arrumamos mais um lesinho pra nossa party do Projeto Interdisciplinar. E pasmem, o sujeito joga pbRo... xDDD Eu e a Lene só atraímos biruta, só pode. xD
E agora que está confirmado que Larilia e Yuki vão mesmo existir, as coisas pros role-plays vão ficar muito mais divertidas! \o/
No mais, é isso.
Cya! ;3
Monna.
Arredores de Morroc, quadrante 03.
[13 dias antes do ataque a Akahai Shora.]
03:56 AM.
Eu lembro que nessa noite chovia bastante. Os relâmpagos não davam trégua, e uma das árvores foi atingida e caiu pegando fogo perto daqui de casa. Não sei como as chamas não se alastraram, já que tudo por aqui é mato. Acho que foi por causa da própria chuva.
Minhas costas doíam, aliás, meu corpo todo doía, por mais que Roberuto tivesse me tratado melhor que qualquer enfermeira profissional a semana toda. Mesmo assim, ainda tivemos a audácia de fazer amor por quase a madrugada toda. Já era quase 4 da manhã quando nos soltamos. Queria me deitar; a única coisa que queria naquela hora era fechar os olhos e só abri-los em uma semana, mas quando fiz menção de me estirar na cama, ele me segurou.
- Fica aqui... – sussurrou. Estava sentada sobre o colo dele, de costas. Ele enrolou os braços em minha cintura e deitou a cabeça em meu ombro.
- Quero dormir... – chiei, mas não deu pra disfarçar que estava feliz. Na verdade, quando ele me abraçou não quis saber de mais nada. – Não está cansado?
- Estou, mas quero falar com você antes. – suspirou ele, trançando as mãos nas minhas. Fiz menção de me virar, mas ele não permitiu. – Não, fica assim... não sei quando vamos poder fazer isso de novo...
Suspirei também, jogando a cabeça pra trás. Senti o pescoço dele encostar na minha nuca.
- Eu sei que não vai haver jeito de te impedir, não depois desse treinamento todo. – começou ele – Sabe, você teve uma tremenda força de vontade esses dias... mesmo assim, quero te pedir só mais uma vez: não vá.
Tive um calafrio horrível nessa hora. Ele percebeu (não tinha como, estávamos mais colados que sola de sapato), mas fingiu que não aconteceu nada.
- Você sabe mais do que qualquer um de nós que essa missão é extremamente perigosa, e a idéia de você correndo perigo não me agrada. Não me agrada mesmo. Estará sob risco constante lá, não só por parte da Milícia, mas do Culto também...
- Roberuto...
- Não, Lenna, ouça. Se está fazendo tudo isso por sua irmã, nós podemos trazê-la pra cá, aqui é um lugar seguro... eu e Robby vamos protegê-la pra você... não só ela, como qualquer um que você queira... é só pedir... é só dizer que não vai mais fazer isso...
Abracei-o da melhor maneira possível. Queria tanto olhar nos olhos dele na hora em que disse isso tudo...
- Você sabe que eu não sou muito bom com palavras e sentimentos, mas eu preciso deixar isso claro pra você. Eu não quero que você vá, tenho medo de que aconteça alguma coisa a você... – ele aproximou os lábios bem perto do meu ouvido, como se temesse que eu não ouvisse. – Lenna, eu te amo.
Demorei um tempo para responder, mesmo estando louca pra responder. Era a coisa que eu sempre quis ouvir.
- Também te amo...
Fomos deitando novamente.
09:37 AM
Quando acordei de novo, vi que ele ainda estava lá, olhos abertos e fixos em mim. Parecia ter ficado acordado o tempo todo, como se eu pudesse desaparecer em um simples piscar de olho.
- Bom dia. – sussurrou, levando a mão no meu cabelo de novo. Estava começando a me acostumar com isso. Por estar cansada, apenas acenei com a cabeça e bocejei.
- Tô com fome... prepara alguma coisa pra mim? – pedi.
Ele sorriu e me deu um beijo. Levantou da cama meio eficiente, quando me deu uma idéia esplêndida.
- Rô? – chamei, agarrando um travesseiro. Não consegui conter o sorriso maroto. Ele se virou. – Casa comigo?
A princípio, ele só me encarou, meio atordoado, pensando se tinha ouvido direito. Então, perguntou.
- O que disse?
- Perguntei se você quer casar comigo.
- Lenna, você sabe que eu não sou muito de ir à Igreja...
- Não tem problema. – fui levantando; ele também foi se aproximando. – Só precisamos do noivo, da noiva e de uma sacerdotisa... e sei exatamente a quem chamar... sabe como é, se posso acabar não voltando dessa aventura, acho melhor fazer agora as coisas que sempre quis fazer...
Roberuto sorriu e me abraçou.
- Caso. Eu caso com você, sim.
[OFF]
Pois é, mais um profile... eu achei esse particularmente fofo! /o/ Ainda falta escrever a cena do casamento propriamente dito, mas eu tô com um pepino de um trabalho de eletrônica pra resolver x_X'
Meus professores tão atolando a gente de trabalho!
E agora que está confirmado que Larilia e Yuki vão mesmo existir, as coisas pros role-plays vão ficar muito mais divertidas! \o/
No mais, é isso.
Cya! ;3
Monna.
domingo, 2 de março de 2008
O começo
[ON]
Arredores de Juno, quadrante desconhecido.
20:38 PM.
Tudo aconteceu muito rápido; fomos convocados em caráter urgente por Akahai Shora para ir atrás de um suposto militante do Culto a Morroc, que segundo ele, iria tentar roubar um dos amuletos do demônio. Reunimos o grupo e partimos o mais rápido possível a Byalan, onde o suspeito fora localizado. Porém, não foi só ele que encontramos: Kieru Ookami também estava lá, e sua primeira providência para tentar chantagear Akahai foi me tomar como refém. Maldita hidrofobia... acabei me enfraquecendo, tudo por causa desse maldito medo.
Foi uma situação difícil: por medo de me machucar, os membros do clã não me atacaram, e Piedoroshi realmente entrou em desespero. Entretanto, todo o cuidado deles não valeu de nada: Akahai resolveu atacar apunhalando Kieru com a espada, e eu como estava no caminho recebi todo o golpe. A sorte é que fui curada, e Pietro me ajudou. Ele estava realmente preocupado comigo... isso é bom. Ao menos sei que ele cuidará de Lilium decentemente.
Levou algum tempo para o corte fechar. Mesmo assim, fui andando com o resto do grupo até o outro andar da caverna, ainda meio assustada pela droga da água. Ao chegarmos no segundo andar, Kieru atacou novamente, e Akahai e ele travaram uma batalha. Porém, sem vencedores: um estranho relâmpago nos atingiu em cheio, e caímos, eletrocutados. Tentei me mexer, mas não consegui. Será que, no fundo, não consegui aprender nada com o treinamento do Roberuto? Depois de quase um mês tentando aprender algo com ele, assim que se voltarem contra mim vou morrer? Merda...
Sophia Asagao apareceu também nesta hora, mas não só ela: um homem encapuzado, de nome Ryan, dizendo-se cultista, apareceu. E ele logo mostrou que não estava mentindo. Sophia tentou ajudar-nos, mas foi difícil. Piedoroshi foi um dos mais afetados pelo choque, demorou pra se levantar.
Foi então que Ifaro sussurrou em meus ouvidos, e percebi que, pela primeira vez, ele tinha razão. Se eu queria fazer aquilo, essa seria minha chance mais perfeita, e eu não deveria desperdiçá-la. Então, me despedi de Pietro, caminhei até Aka e puxei a adaga. Cravei-a bem no peito dele, como nunca tinha feito com ninguém, e admito que me doeu muito ouvir o grito dele. Entretanto, era preciso.
O cultista acabou me teleportando para perto dele bem no momento em que estavam pra me atacar, e me protegeu. Consegui convencê-lo de minha lealdade para com Morroc... disse a ele que queria poder, algo que a Milícia nunca me daria. Então, ele invocou uma criatura, que atacou os milicianos, e fomos embora. Estamos agora em uma casa bonita e bem decorada, mas não sei direito onde fica. Só sei que estamos em algum lugar perto de Juno. Logo Juno... que ironia.
Piedoroshi parecia extremamente abalando quando partimos. Nunca pensei que fosse conseguir fazer isso...entretanto, estou contente. Consegui ser gentil com ele ao menos uma vez... espero que ele consiga cuidar de Lilium sem transmitir pra ela o ódio que se fez nele por mim. Espero que Roberuto esteja bem, não faço idéia de quando o verei novamente, nem sob que circunstâncias... e espero que Lilium me perdoe um dia.
Porém, apesar de estar contente por tudo ter dado certo, esse vazio no meu peito é tão grande que acho que nem todo o poder de Morroc poderia preencher. Meu Deus, espero que acabe logo tudo isso...
[OFF]
Foi um rp sensacional ^^ E confesso que até eu tive medo quando o Akahai me mandou PM falando que eu ia traí-los antes do planejado... entretanto, tudo correu perfeitamente, e agora Lenna é a inimiga pública nº 1 do Akahai xD
Queria postar logo aqui as torturas da Lenna, mas ainda não terminei de editar, então tá esquisitão @_@ E ainda tem mais uma conversa super íntima dela com o Roberuto, mas seu postar estraga a surpresa ^^ Então, melhor deixar pra mais tarde, quando a poeira baixar xD
Lenna.
Arredores de Juno, quadrante desconhecido.
20:38 PM.
Tudo aconteceu muito rápido; fomos convocados em caráter urgente por Akahai Shora para ir atrás de um suposto militante do Culto a Morroc, que segundo ele, iria tentar roubar um dos amuletos do demônio. Reunimos o grupo e partimos o mais rápido possível a Byalan, onde o suspeito fora localizado. Porém, não foi só ele que encontramos: Kieru Ookami também estava lá, e sua primeira providência para tentar chantagear Akahai foi me tomar como refém. Maldita hidrofobia... acabei me enfraquecendo, tudo por causa desse maldito medo.
Foi uma situação difícil: por medo de me machucar, os membros do clã não me atacaram, e Piedoroshi realmente entrou em desespero. Entretanto, todo o cuidado deles não valeu de nada: Akahai resolveu atacar apunhalando Kieru com a espada, e eu como estava no caminho recebi todo o golpe. A sorte é que fui curada, e Pietro me ajudou. Ele estava realmente preocupado comigo... isso é bom. Ao menos sei que ele cuidará de Lilium decentemente.
Levou algum tempo para o corte fechar. Mesmo assim, fui andando com o resto do grupo até o outro andar da caverna, ainda meio assustada pela droga da água. Ao chegarmos no segundo andar, Kieru atacou novamente, e Akahai e ele travaram uma batalha. Porém, sem vencedores: um estranho relâmpago nos atingiu em cheio, e caímos, eletrocutados. Tentei me mexer, mas não consegui. Será que, no fundo, não consegui aprender nada com o treinamento do Roberuto? Depois de quase um mês tentando aprender algo com ele, assim que se voltarem contra mim vou morrer? Merda...
Sophia Asagao apareceu também nesta hora, mas não só ela: um homem encapuzado, de nome Ryan, dizendo-se cultista, apareceu. E ele logo mostrou que não estava mentindo. Sophia tentou ajudar-nos, mas foi difícil. Piedoroshi foi um dos mais afetados pelo choque, demorou pra se levantar.
Foi então que Ifaro sussurrou em meus ouvidos, e percebi que, pela primeira vez, ele tinha razão. Se eu queria fazer aquilo, essa seria minha chance mais perfeita, e eu não deveria desperdiçá-la. Então, me despedi de Pietro, caminhei até Aka e puxei a adaga. Cravei-a bem no peito dele, como nunca tinha feito com ninguém, e admito que me doeu muito ouvir o grito dele. Entretanto, era preciso.
O cultista acabou me teleportando para perto dele bem no momento em que estavam pra me atacar, e me protegeu. Consegui convencê-lo de minha lealdade para com Morroc... disse a ele que queria poder, algo que a Milícia nunca me daria. Então, ele invocou uma criatura, que atacou os milicianos, e fomos embora. Estamos agora em uma casa bonita e bem decorada, mas não sei direito onde fica. Só sei que estamos em algum lugar perto de Juno. Logo Juno... que ironia.
Piedoroshi parecia extremamente abalando quando partimos. Nunca pensei que fosse conseguir fazer isso...entretanto, estou contente. Consegui ser gentil com ele ao menos uma vez... espero que ele consiga cuidar de Lilium sem transmitir pra ela o ódio que se fez nele por mim. Espero que Roberuto esteja bem, não faço idéia de quando o verei novamente, nem sob que circunstâncias... e espero que Lilium me perdoe um dia.
Porém, apesar de estar contente por tudo ter dado certo, esse vazio no meu peito é tão grande que acho que nem todo o poder de Morroc poderia preencher. Meu Deus, espero que acabe logo tudo isso...
[OFF]
Foi um rp sensacional ^^ E confesso que até eu tive medo quando o Akahai me mandou PM falando que eu ia traí-los antes do planejado... entretanto, tudo correu perfeitamente, e agora Lenna é a inimiga pública nº 1 do Akahai xD
Queria postar logo aqui as torturas da Lenna, mas ainda não terminei de editar, então tá esquisitão @_@ E ainda tem mais uma conversa super íntima dela com o Roberuto, mas seu postar estraga a surpresa ^^ Então, melhor deixar pra mais tarde, quando a poeira baixar xD
Lenna.
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